Ribeira de Pena Online

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Localização: Ribeira de Pena, Portugal

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13 julho 2006

Caixa Geral de Depósitos comemora 25 anos em Ribeira de Pena

INFORMAÇÃO

Passam precisamente hoje 25 anos que a Caixa Geral de Depósitos abriu a sua agência de Ribeira de Pena. A 13 de Julho de 1981 e dando sequência a uma estratégia de alargamento dos seus serviços através de agências concelhias, a CGD ocupou as instalações de um pré-fabricado colocado para o efeito nas traseiras da Câmara Municipal e aí deu início às suas operações bancárias. A partir dessa data, a CGD ficou indissoluvelmente ligada às actividades financeiras e de crédito do concelho, operando actualmente em Ribeira de Pena, com uma sub-agência na vila de Cerva.

Profundamente ligada à comunidade emigrante de Ribeira de Pena, a CGD integra actualmente a plenitude dos serviços disponibilizados pela Banca, sendo suporte de muitas e significativas actividades empresarias do concelho, contribuindo assim, na sua esfera, para o desenvolvimento de Ribeira de Pena.

E porque não é todos os dias que se fazem 25 anos, a agência de Ribeira de Pena da CGD, irá comemorar a data amanhã, 14, da parte da tarde, com a presença de um representante da Administração do Banco e das forças vivas do concelho, especialmente convidadas para o efeito. Não deixarão de estar presentes também os dois gerentes da Agência que a ajudaram a construir, o Sr. Adriano Alves Ribeiro, hoje à frente da Agência de Vila Real e que abriu a Delegação há 25 anos, e o sr. António Rodrigues, um ribeirapenense que hoje se encontra à frente da Agência de Vila Pouca de Aguiar. A representar os clientes da Caixa foi convidado o cliente mais antigo, o professor e antigo Delegado Escolar sr. António Carvalho.

Para assinalar a data, a CGD fará uma oferta em dinheiro a três instituições que prestam serviço no concelho, designadamente à Santa Casa da Misericórdia, à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários e à Cruz Vermelha.

Na ocasião será servido um lanche proporcionando o convívio entre todos os presentes.

Post Scriptum – Que seja permitido ao subscritor desta nota ultrapassar a notícia para envolver num forte abraço de parabéns o actual gerente da Caixa Geral de Depósitos em Ribeira de Pena, sr. Francisco Carvalho e toda a equipa que dirige. E de envolver nos parabéns os antigos Gerentes, srs. Adriano Ribeiro e António Rodrigues. Todos eles bons amigos.

08 julho 2006

O circo desceu à cidade...

OPINIÃO

A partir de hoje e durante o fim-de-semana, Ribeira de Pena tem circo. Alguns cartazes chamam-lhe “Magic Circus”, outros “Universal Circus”. Pouco interessa, como pouco interessa que muitos cartazes garantam assegurar um “potente aquecimento”. O que vale, nestas coisas, é o insólito de ver a grande tenda montada, com os camiões TIR à volta e, pasme-se, uma gaiola com animais.
Pela primeira vez o circo instalou-se ao fundo da Rua Camilo Castelo Branco, no início do acesso a Friúme, num largo conquistado por recentes aterros. Um espaço amplo, com estacionamento, que certamente servirá da melhor forma aos artistas, provavelmente decadentes, de um circo que roda pelas periferias.
Mas que interesse tem isso? O fascínio do Circo resiste a tudo e tem o condão de persistir na memória de crianças, jovens e adultos. O espaço tenda com bancos corridos, a arena colorida, as luzes feéricas, os maillots lustrosos das mulheres, os corpos atléticos dos homens. Os palhaços, os animais. Os trapezistas, lá nas alturas. Horas que passam rápido, mesmo quando os artistas são de segunda.

De passagem pela Ribeira, apreciei a montagem do circo. E as corridas das crianças, a espreitar o movimento e a azáfama dos trabalhadores. E lembrei-me…
Lembrei-me que devia ter aí uns seis anos quando pela primeira vez o meu pai me levou ao circo. Precisamente em Ribeira de Pena. Nessa altura, o circo foi instalado no antigo campo da feira, onde agora está instalado o mercado municipal. Campo que também foi de futebol, mesmo que ostentasse um poste de electricidade no meio. Mas foi nesse amplo largo que então o circo montou a tenda. Pequena, que os tempos eram outros. Mas para a criança que eu era, aquele foi um dos maiores acontecimentos da curta vida. Gostei das trapezistas, ri-me como nunca mais com os palhaços mas, sobretudo, fiquei fascinado com o atleta das argolas. Era velho, cabelos brancos e de estatura pequena. Os músculos saltavam-lhe da roupa e nas argolas não deixou de fazer o Cristo, braços trémulos mas firmes. Ainda hoje consigo ver essa imagem de força física.
Acho que sempre que fui ao circo, ao longo da vida, recuperei o fascínio dessa velha visita, nos idos de cinquenta. Espero que este fim-de-semana, em Ribeira de Pena, outras crianças possam deslumbrar-se com o insólito e a diferença que lhes possa alimentar o sonho.