Festas de Nossa Senhora da Guia
INFORMAÇÃO
Decorrem a partir de amanhã, na Fonte do Mouro, em Ribeira de Pena, as Festas a Nossa Senhora da Guia, padroeira do concelho de Ribeira de Pena. Sobre a Capela de Nossa Senhora da Guia, à volta da qual se concentra todas as festividades, reproduzimos uma resenha histórica, publicada num prospecto editado em 15 de Agosto de 1954. Reza assim:
“ A Capela de Nossa Senhora da Guia, sita no concelho de Ribeira de Pena (Trás-os-Montes) – é uma formosa construção dos começos do século XVIII, edificada a expensas de dois beneméritos ribeirapenenses, Baltazar Pacheco de Andrade, Fidalgo de Cota de Armas (1720), Cavaleiro professo na Ordem de Cristo, Senhor da Casa de Santa Marinha e da Capela e Vínculos de São Francisco Xavier – e Francisco Borges de Mesquita, Fidalgo de Cota de Armas (1738), Cavaleiro professo na Ordem de Cristo, natural da Casa do Mato e que, pelo seu casamento, foi senhor da Casa do Cabo de Friúme, em Ribeira de Pena. Ambos militaram com distinção nas guerras do tempo, e de comum acordo, resolveram fazer uma Capela para Nossa Senhora da Guia, sita nos limites da Fonte do Mouro, tomando para modelos as Capelas de Nossa Senhora da Conceição da Granja, instituída pelo Revº Dr. Lourenço de Valadares Vieira, e de Nossa Senhora da Assunção de Senra de Cima, instituída pelo Revº Miguel de Carvalho e Almeida, Abade de Santa Valha em Monforte de Rio Livre.
A escritura de ajuste foi lavrada aos 8 de Maio de 1738 na Casa de Santa Marinha, pelo Tabelião António Martins, da Quinta de Cima, freguesia do Salvador da Ribeira de Pena, no livro de notas respectivo, a fls. 79 e seguintes – sendo empreiteiro Luquas Rodrigues, mestre pedreiro, natural da freguesia de Agoas Santas, Reino da Galiza.
O preço total da obra foi de 612.000 réis ou cento e vinte e sete e meia moedas de ouro, sendo as despesas custeadas, em partes iguais, por ambos os fundadores. “
O Programa desse ano de 1954, que se confinava apenas ao dia 15, era assim:
“ Às 7 horas
Será anunciada a festividade pelo repique dos sinos e por uma poderosa salva de morteiros.
Entrada das afamadas bandas de música de CELORICO DE BASTO E DO COUTO e dum grupo de ZÉS PEREIRAS que percorrerá as ruas da vila.
Às 8 horas
Missa Solene na Igreja Matriz de Santa Marinha, sendo orador sagrado neste piedoso acto o Reverendo Padre José Gil, pároco da vila de Sabrosa do Douro.
Às 9 horas
Majestosa Procissão de Triunfo que terá início na Igreja de Santa Marinha, sendo a Imagem Veneranda de Nossa Senhora da Guia conduzida para a sua Capela no Alto da Fonte do Mouro, na qual se incorporam mais 4 andores ricamente executados e ornamentados pela firma Sousa & Dias, desta vila.
Numerosos anjos e figuras bíblicas primorosamente preparados, tomam parte nesta Procissão, à qual se deve incorporar grande número de fiéis para a revestir de singular encanto.
Esta luzida procissão será acompanhada durante o percurso pelas 2 bandas de música.
Às 11 horas
MISSA CAMPAL. Haverá no Santuário Missa acompanhada de grande instrumental e sermão pelo mesmo Orador Sagrado.
À Tarde
As amplificações sonoras instaladas no recinto da festa, vistosamente ornamentado, onde funcionam os tradicionais abarracamentos, serão o permanente atractivo dos forasteiros.
Às 16 horas
Abertura do BAZAR DE PRENDAS OFERECIDAS PELAS MENINAS RIBEIRAPENENSES, AS QUAIS SERÃO LEILOADAS.
À noite
Grandioso Festival Nocturno
2 Bandas de Música executarão o seu variado reportório.
No intervalo será queimado vistoso Fogo do Ar pelos afamados pirotécnicos José Ramalheda & Filhos, de Vila Real e Domingos Magalhães Alves da Silva, de Ribas.
Terá ainda lugar o ARRAIAL DA ELITE que na barraca da Comissão, primorosamente engalanada e electrificada, reunirá as pessoas de destaque do concelho.
Este arraial, paraalém de abrilhantado pelas 2 Bandas de Música, tem ainda a colaboração constante da instalação sonora.
Nesta Barraca funcionará um primoroso serviço de Bar.”
Decorrem a partir de amanhã, na Fonte do Mouro, em Ribeira de Pena, as Festas a Nossa Senhora da Guia, padroeira do concelho de Ribeira de Pena. Sobre a Capela de Nossa Senhora da Guia, à volta da qual se concentra todas as festividades, reproduzimos uma resenha histórica, publicada num prospecto editado em 15 de Agosto de 1954. Reza assim:
“ A Capela de Nossa Senhora da Guia, sita no concelho de Ribeira de Pena (Trás-os-Montes) – é uma formosa construção dos começos do século XVIII, edificada a expensas de dois beneméritos ribeirapenenses, Baltazar Pacheco de Andrade, Fidalgo de Cota de Armas (1720), Cavaleiro professo na Ordem de Cristo, Senhor da Casa de Santa Marinha e da Capela e Vínculos de São Francisco Xavier – e Francisco Borges de Mesquita, Fidalgo de Cota de Armas (1738), Cavaleiro professo na Ordem de Cristo, natural da Casa do Mato e que, pelo seu casamento, foi senhor da Casa do Cabo de Friúme, em Ribeira de Pena. Ambos militaram com distinção nas guerras do tempo, e de comum acordo, resolveram fazer uma Capela para Nossa Senhora da Guia, sita nos limites da Fonte do Mouro, tomando para modelos as Capelas de Nossa Senhora da Conceição da Granja, instituída pelo Revº Dr. Lourenço de Valadares Vieira, e de Nossa Senhora da Assunção de Senra de Cima, instituída pelo Revº Miguel de Carvalho e Almeida, Abade de Santa Valha em Monforte de Rio Livre.
A escritura de ajuste foi lavrada aos 8 de Maio de 1738 na Casa de Santa Marinha, pelo Tabelião António Martins, da Quinta de Cima, freguesia do Salvador da Ribeira de Pena, no livro de notas respectivo, a fls. 79 e seguintes – sendo empreiteiro Luquas Rodrigues, mestre pedreiro, natural da freguesia de Agoas Santas, Reino da Galiza.
O preço total da obra foi de 612.000 réis ou cento e vinte e sete e meia moedas de ouro, sendo as despesas custeadas, em partes iguais, por ambos os fundadores. “
O Programa desse ano de 1954, que se confinava apenas ao dia 15, era assim:
“ Às 7 horas
Será anunciada a festividade pelo repique dos sinos e por uma poderosa salva de morteiros.
Entrada das afamadas bandas de música de CELORICO DE BASTO E DO COUTO e dum grupo de ZÉS PEREIRAS que percorrerá as ruas da vila.
Às 8 horas
Missa Solene na Igreja Matriz de Santa Marinha, sendo orador sagrado neste piedoso acto o Reverendo Padre José Gil, pároco da vila de Sabrosa do Douro.
Às 9 horas
Majestosa Procissão de Triunfo que terá início na Igreja de Santa Marinha, sendo a Imagem Veneranda de Nossa Senhora da Guia conduzida para a sua Capela no Alto da Fonte do Mouro, na qual se incorporam mais 4 andores ricamente executados e ornamentados pela firma Sousa & Dias, desta vila.
Numerosos anjos e figuras bíblicas primorosamente preparados, tomam parte nesta Procissão, à qual se deve incorporar grande número de fiéis para a revestir de singular encanto.
Esta luzida procissão será acompanhada durante o percurso pelas 2 bandas de música.
Às 11 horas
MISSA CAMPAL. Haverá no Santuário Missa acompanhada de grande instrumental e sermão pelo mesmo Orador Sagrado.
À Tarde
As amplificações sonoras instaladas no recinto da festa, vistosamente ornamentado, onde funcionam os tradicionais abarracamentos, serão o permanente atractivo dos forasteiros.
Às 16 horas
Abertura do BAZAR DE PRENDAS OFERECIDAS PELAS MENINAS RIBEIRAPENENSES, AS QUAIS SERÃO LEILOADAS.
À noite
Grandioso Festival Nocturno
2 Bandas de Música executarão o seu variado reportório.
No intervalo será queimado vistoso Fogo do Ar pelos afamados pirotécnicos José Ramalheda & Filhos, de Vila Real e Domingos Magalhães Alves da Silva, de Ribas.
Terá ainda lugar o ARRAIAL DA ELITE que na barraca da Comissão, primorosamente engalanada e electrificada, reunirá as pessoas de destaque do concelho.
Este arraial, paraalém de abrilhantado pelas 2 Bandas de Música, tem ainda a colaboração constante da instalação sonora.
Nesta Barraca funcionará um primoroso serviço de Bar.”
1 Comments:
Sr. Botelho, ainda bem que há pessoas assim para nos mostrar quao rica é a cultura nesta terra. É realmente pena as pessoas que estão à frente de determinados eventos não conhecerem a origem e história deles para não os destruirem e quem dera que eles melhorassem algumas coisas que não fazem sentido e destroem a nossa cultura, não só com este caso.
espero que esteja tudo bem... força...
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