Real Tertúlia de Pena
INFORMAÇÃO com comentário prévio
Chegou-me via e-mail o comunicado que publico em seguida, permitindo-me algumas considerações prévias:
- a reflexão e a movimentação de ideias sobre o concelho, com a tentativa de obtenção de consensos, são iniciativas indispensáveis para um desenvolvimento seguro e sustentável;
- o aparecimento de novas elites a nível social e cultural no concelho de Ribeira de Pena são absolutamente essenciais para o seu futuro;
- a participação activa dos ribeirapenenses no seu destino é a única garantia de sucesso na luta por um futuro melhor.
É, por tudo isto, com satisfação, que coloco online o comunicado que me fizeram chegar. Mesmo que se me coloquem, à partida, as dúvidas inerentes ao título da Tertúlia. Real Tertúlia por compromisso com a ideia monárquica? Se sim, como conciliar à partida o facto de se afirmar “defensora da pluralidade e dos valores da liberdade e da igualdade”?
Seja como for, terei gosto em participar em próximas reuniões. E não terei dúvidas em veicular aqui as ideias que forem surgindo.
Comunicado
Realizou-se no passado dia 27 de Dezembro, a primeira reunião da REAL TERTÚLIA DE PENA, que se apresenta como um grupo de reflexão do concelho de Ribeira de Pena, a quem se dá agora a conhecer. Defensora da pluralidade e dos valores da liberdade e igualdade, tem como alvo primário das suas reflexões o concelho de Ribeira de Pena, não se descurando no entanto outros assuntos. O objectivo é que da discussão dos temas se produzam ideias construtivas que contribuam para a melhoria do concelho a todos os níveis. Este primeiro encontro contou com a presença dos fundadores, Emanuel Guimarães, António Lopes e Marcus Mota, que decidiram divulgar as considerações que reunam consenso no seio do grupo. Alertam no entanto: estas considerações têm por objectivo a sugestão, pelo que não devem ser mal interpretadas. Pode contudo (e deve), quem o achar, dirigir-se à Tertúlia a explicar o seu ponto de vista. A REAL TERTÚLIA DE PENA considerou pertinente a divulgação de duas reflexões ocorridas nesta sessão, que reuniram as condições atrás descritas. Considerou-se que a existência de uma aposta, por parte do Grupo Desportivo de Ribeira de Pena, em outras modalidades que não apenas o futebol, deveria ser apreciada. Esta permitiria não só uma maior oferta para os jovens ribeirapenenses, como criaria uma nova dinâmica no seio do Grupo Desportivo, que poderia assumir-se mesmo, caso as condições o permitissem, como uma escola de desporto.Considerou-se ainda que a existência de um restaurante de cozinha típica regional (ou até mais que um) seria um excelente promotor turístico para oconcelho, pois não só reteria os que tantas vezes vão procurar esta oferta noutros locais, como atrairia pessoas de outras paragens, que vindas pelos prazeres gastronómicos, poderiam depois conhecer e desfrutar de tudo o mais que o concelho tem para oferecer. A Real Tertúlia de Pena convida todos os ribeirapenenses que tenham opinião e vontade de a exprimir, a juntar-se a este grupo. Para tal basta comunicar para o endereço de e-mail realtertuliadepena@sapo.pt ou falar directamente com um dos seus membros.
Chegou-me via e-mail o comunicado que publico em seguida, permitindo-me algumas considerações prévias:
- a reflexão e a movimentação de ideias sobre o concelho, com a tentativa de obtenção de consensos, são iniciativas indispensáveis para um desenvolvimento seguro e sustentável;
- o aparecimento de novas elites a nível social e cultural no concelho de Ribeira de Pena são absolutamente essenciais para o seu futuro;
- a participação activa dos ribeirapenenses no seu destino é a única garantia de sucesso na luta por um futuro melhor.
É, por tudo isto, com satisfação, que coloco online o comunicado que me fizeram chegar. Mesmo que se me coloquem, à partida, as dúvidas inerentes ao título da Tertúlia. Real Tertúlia por compromisso com a ideia monárquica? Se sim, como conciliar à partida o facto de se afirmar “defensora da pluralidade e dos valores da liberdade e da igualdade”?
Seja como for, terei gosto em participar em próximas reuniões. E não terei dúvidas em veicular aqui as ideias que forem surgindo.
Comunicado
Realizou-se no passado dia 27 de Dezembro, a primeira reunião da REAL TERTÚLIA DE PENA, que se apresenta como um grupo de reflexão do concelho de Ribeira de Pena, a quem se dá agora a conhecer. Defensora da pluralidade e dos valores da liberdade e igualdade, tem como alvo primário das suas reflexões o concelho de Ribeira de Pena, não se descurando no entanto outros assuntos. O objectivo é que da discussão dos temas se produzam ideias construtivas que contribuam para a melhoria do concelho a todos os níveis. Este primeiro encontro contou com a presença dos fundadores, Emanuel Guimarães, António Lopes e Marcus Mota, que decidiram divulgar as considerações que reunam consenso no seio do grupo. Alertam no entanto: estas considerações têm por objectivo a sugestão, pelo que não devem ser mal interpretadas. Pode contudo (e deve), quem o achar, dirigir-se à Tertúlia a explicar o seu ponto de vista. A REAL TERTÚLIA DE PENA considerou pertinente a divulgação de duas reflexões ocorridas nesta sessão, que reuniram as condições atrás descritas. Considerou-se que a existência de uma aposta, por parte do Grupo Desportivo de Ribeira de Pena, em outras modalidades que não apenas o futebol, deveria ser apreciada. Esta permitiria não só uma maior oferta para os jovens ribeirapenenses, como criaria uma nova dinâmica no seio do Grupo Desportivo, que poderia assumir-se mesmo, caso as condições o permitissem, como uma escola de desporto.Considerou-se ainda que a existência de um restaurante de cozinha típica regional (ou até mais que um) seria um excelente promotor turístico para oconcelho, pois não só reteria os que tantas vezes vão procurar esta oferta noutros locais, como atrairia pessoas de outras paragens, que vindas pelos prazeres gastronómicos, poderiam depois conhecer e desfrutar de tudo o mais que o concelho tem para oferecer. A Real Tertúlia de Pena convida todos os ribeirapenenses que tenham opinião e vontade de a exprimir, a juntar-se a este grupo. Para tal basta comunicar para o endereço de e-mail realtertuliadepena@sapo.pt ou falar directamente com um dos seus membros.
3 Comments:
Antes de mais queria agradecer ao senhor Francisco Botelho por ter posto no seu blog a nossa apresentação à comunidade Ribeirapenense.
Respondendo à dúvida do responsável por este blog, não temos qualquer ligação aos ideais Monárquicos nem somos contra quem os tem, simplesmente queremos "abanar" a comunidade ribeirapenense da inércia em que ela se encontra, infelizmente isso acontece não apenas em Ribeira de Pena.
Portanto estamos abertos a todas as pessoas que se interessam pelo concelho de Ribeira de Pena, pela nossa região, e pelas nossas tradições.
Obrigado.
António Lopes
CULTURA, CONHECIMENTO E DESENVOLVIMENTO
João Ferreira
Brasília, 28 de janeiro de 2007
Mensagem dirigida aos senhores fundadores da Real Tertúlia de Pena.
Meus caros Senhores. Sou um emigrante. Pertenço ao corpo da diáspora portuguesa no estrangeiro. Mas como todo o emigrante, conservo no coração o amor pelas raízes que são a terra onde nasci. E tudo o que nela se passa me interessa. Sou natural de Agunchos, aldeia ribeirinha do Tâmega, da freguesia de Cerva. Terra procurada hoje pelas agências turísticas internacionais por haver lá a acolhedora Casa do Cerrado, destinada a atender pessoas interessadas em fazer turismo rural, nacional e internacional. Essa casa é um centro de referência em termos internacionais e é administrada pela proprietária D. Maria de Lourdes Torres Pereira, da Casa do Cabo. Agunchos dispõe hoje de uma Associação Cultural e de um Rancho Folclórico, com sede no novo bairro de Prados, na estradinha que vai para Asnela, já com uma história recente notável. História recente dinamizada pelo trabalho dedicado da Professora Ermelinda da Glória Correia.
Resido em Brasília, Brasil. Infelizmente, pela distância e pela falta de contato com meus conterrâneos, não tenho tido meios para acompanhar os eventos que se passam nas terras do concelho de Ribeira de Pena. Com muita pena minha. Em 2004 tive o privilégio de conhecer dois conterrâneos gentis e maravilhosos que são o senhor Francisco Botelho, autor de um bem estruturado roteiro camiliano no concelho de Ribeira de Pena e, entre outros serviços culturais prestados ao concelho, pelo que conheço é também fundador e proprietário de Ribeira de Pena Online, e autor de um blog na Internet que visito sempre que posso, e a senhora Maria Celeste Pereira, natural de Cerva, funcionária do arquivo do Tombo, em Lisboa. Deram-me esses dois amigos, nesse ano de 2004, o prazer de conhecer esse roteiro cultural camiliano no concelho de Ribeira de Pena e distrito de Vila Real. Dentro do programa de visita me apresentarem ao senhor Presidente da Câmara de Ribeira de Pena e a outras autoridades do concelho, assim como ao senhor padre Joaquim, abade da freguesia de Cerva. Terminamos a jornada, em Agunchos, com uma visita à senhora Professora D. Ermelinda da Glória Correia, de quem fui aluno e a quem venero como uma reserva cultural e moral impoluta da terra e do concelho. A professora Ermelinda, nascida no Estado do Pará, Brasil, foi para Portugal, ainda criancinha, formou-se professora, foi para Agunchos com 22 anos, dedicou-se de alma e coração à comunidade local e tornou-se uma das pessoas mais carismáticas que conheci em minha vida. Em setembro de 1967 janeiro de 1968, fui convidado pelo Professor Agostinho da Silva para ir trabalhar na Universidade de Brasília. Parti de Portugal dia 4 de janeiro de 1968 e entrei na Universidade como docente onde fui Professor Titular, ou catedrático, até 1997, ano em que me aposentei. No final do ano de 2006 estive no Porto, onde tenho família. Regressei a Brasília no dia 18 de janeiro de 2007, de onde escrevo. Não tive a oportunidade de encontrar, desta vez, meus amigos Francisco Botelho e Celeste Pereira. Lastimo muito. Mas deixo aqui meu abraço. E como sou leitor habitual de Ribeira de Pena Online, tive oportunidade de saber, através das informações de Francisco Botelho, de que havia sido criada em 27 de dezembro de 2006, uma Tertúlia em Ribeira de Pena, de nome Real Tertúlia de Pena. Fiquei muito contente, ao saber disto. Não tenho o prazer de conhecer nenhum dos fundadores. Não conheço Emmanuel Guimarães. Não conheço Antonio Lopes. Não conheço Marcus Mota. Não conheço todos os outros. Moro fora da terra desde há muitos anos. Mas na medida em que se fala da fundação de uma tertúlia em Ribeira de Pena, eu me associo de alma e coração à iniciativa e bato palmas. A tertúlia é, nas tradições européias, um grupo que se associa por interesses comuns e que se reúne para conversar ou debater um assunto ou um tema. Se o nome de Real Tertúlia de Pena significar que seus fundadores estão criando uma tertúlia real, formada por pessoas que se reúnem em tempo real, em local real, por oposição às tertúlias virtuais, em uso na Internet, fica explicado de vez o título. Se não for assim, se o nome tiver outra conotação, será interessante que os fundadores o expliquem aos ribeirapenenses.
Pelo teor do comunicado, aprendemos que a Tertúlia se apresenta como um grupo de reflexão, em primeiro lugar e que seu alvo primário é tratar, nos vários níveis, tudo o que se refere a Ribeira de Pena e ao seu concelho. O objetivo seria o de conseguir levantar e debater temas importantes para a concelhia de maneira bem construtiva. Desta maneira, a tertúlia poderá concorrer para melhorar o conhecimento e a consciência crítica dos valores das terras do município, desde Ribeira de Pena, a Santa Marinha, a Cerva, a Agunchos, a Limões, a Formoselos, a Asnela e a todos as comunidades do concelho. De momento, ainda talvez timidamente, a liderança da tertúlia nos apresenta apenas dois focos mas que já ficaram claros no debate coletivo do grupo. O primeiro é a aposta em que o Grupo Desportivo de Ribeira de Pena, tendo em vista os jovens, deverá partir para outras modalidades desportivas, além do futebol. O segundo seria a da criação de um restaurante ou restaurantes representativos da gastronomia e da cozinha típica regional do concelho. Esta última aposta, segundo o grupo, poderia redundar num argumento importante para a melhoria da procura turística dos lugares mais atraentes da região.
Tomando como ponto de partida esta iniciativa da Tertúlia, seria bom que as lideranças da terra, em suas variadas representações, nas quais coloco em primeiro lugar a própria Câmara Municipal juntamente com o Senhor Presidente e senhores vereadores, aproveitassem a deixa e organizassem de vez algo que parece estar a pedir uma decisão. Algo que pudesse resumir-se num projeto abrangente, cultural e turístico, referente ao concelho de Ribeira de Pena.
Como pessoa nascida no concelho, avançaria com a liberdade de um alvitre.
Meu alvitre seria indicar alguns pontos primordiais neste Projecto que poderíamos chamar de Projeto ribeirapenense de turismo, cultura e desenvolvimento.
Ei-los aqui:
Mercê de bons entendimentos com a Câmara Municipal de Ribeira de Pena, trabalhar-se-ia na criação e manutenção de uma Associação de tradições culturais e folclóricas do Concelho de Ribeira de Pena. Esta Associação cuidaria:
A)Da cultura, da indústria e da comercialização do linho (teares,artesãos do linho, festa do linho, feiras, lojas);
B)Assistência, organização, manutenção e atividades dos ranchos folclóricos do concelho;
C)Apoio ao desenvolvimento da cozinha típica, doces, festas tradicionais, em harmonia com as lideranças locais que dirigem esses ranchos;
D)Criação da Casa do artesão.Haveria previamente um levantamento de nomes de pessoas que se dedicam a fabricar objetos de artesanato, e em que ramos de atividade. Importante para desenvolver o turismo, que vive de lembranças quando visita a terra;
E) Criação de uma Associação Pró-Arte, que cuidaria:
- Da Fundação, criação e manutenção de um arquivo histórico do concelho de Ribeira de Pena.
- Que mediante entendimento com Francisco Botelho a Associação Pró-Arte compraria ou alugaria os programas e roteiros camilianos no concelho de Ribeira de Pena de propriedade do owner de Ribeira de Pena on line, autor dos roteiros. Dentro da lógica do processo, deixar-se-ia a Francisco Botelho a organização e a direção de uso destes roteiros na recepção aos vários grupos turísticos que visitam o concelho.
- A criação de um Museu e Arquivo histórico Regional. Lembro-me que o Arco de Baúlhe tem um museu regional que congrega os valores culturais das terras de Basto. Precisamos de um Museu e Arquivo histórico no Concelho. Faço a sugestão, e acho urgente que se crie. Estou longe e não conheço o que há na realidade. Sugiro, partindo do princípio de que ainda não está fundado. Vale a pena investir. Poderei contribuir com alguns documentos.
Peço aos fundadores da Real Tertúlia de Pena me perdoem a extensão deste comentário. Dou-lhes os parabéns pela iniciativa. Desejo-lhes uma bela caminhada, zelo, coragem, mãos à obra e muito sucesso. E agradeço a oportunidade que me deram para as sugestões que deixo aqui. Faço-o com o carinho de uma pessoa que ama sua terra.
João Ferreira
Brasília, 28 de janeiro de 2007
e-mail: joaofen@uol.com.br
ou: joaofen@gmail.com
Ainda relativamente ao nome da Tertúlia, para que fique esclarecido, o termo "Real" está associado ao sinónimo "verdadeiro", como algo que realmente existe e que é para continuar, em oposição às ideias condenadas à partida ao fracasso ou à utopia. A sugestão deixada por João Ferreira no seu comentário merece também uma atenção, pois somos uma tertúlia que se reúne em tempo real, num local real, em oposição às tertúlias virtuais. Espero que a origem do nome tenha agora ficado esclarecida.
Quero também agradecer em nome da Tertúlia, a todos aqueles que se disponibilizaram já a participar, e convido mais uma vez os que ainda o não fizeram a contactar-nos.
Emanuel Guimarães
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