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13 abril 2006

Roteiro Camiliano em Ribeira de Pena - II


A PONTE DE CAVEZ
INFORMAÇÃO

O roteiro camiliano em Ribeira de Pena é constituído por sete pontos de visita, o primeiro dos quais pertence ainda ao concelho de Cabeceiras, mas que foi incluido por ser o palco de um conto de Camilo Castelo Branco relativo à sua estadia em terras da Ribeira.

Reproduzimos aqui os textos incluidos nas fichas de visita do roteiro, começando precisamente pela Ponte de Cavez.

"A Ponte de Cavez, na freguesia do mesmo nome, concelho de Cabeceiras de Basto, é uma imponente construção que remonta ao século XIV e que estabelece a ligação entre as duas margens do Tâmega naquela que é considerada uma das portas de Trás-os-Montes.
Adaptada no século XX às necessidades de circulação rodoviária, perdeu as guardas de pedra e uma pequena construção central onde a tradição dizia que se guardava o corpo do construtor, Frei Lourenço Mendes, atestada por uma inscrição que afirmava: “Esta é a Ponte de Cavez, aqui jaz quem a fez”.
Na margem direita, imponente na dimensão, surge a Casa da Ponte, uma edificação que apresenta as características de um solar do século XVIII, mas que inclui elementos arquitectónicos bastante mais antigos. Neste local, no final da Idade Média, terá existido uma gafaria, que aproveitava a Fonte de Águas Sulfurosas da margem esquerda para o tratamento dos leprosos.
Junto à Casa da Ponte está situada a capela de S. Bartolomeu da Ponte de Cavez, cuja romaria, a 24 de Agosto, é muito concorrida pelas gentes do Minho e de Trás-os-Montes, chamados pela virtude da água e pela fama do santo em tirar o demónio dos corpos.
Pelo local passava uma antiga via romana e ainda hoje é possível observar duas pontes daquela época nas ribeiras vizinhas, bem como um pedaço de calçada que atravessa o próprio pátio da Casa da Ponte.
A Ponte de Cavez e a Capela de S. Bartolomeu figuram em dois textos de Camilo: no conto “Como ela o amava!” das “Noites de Lamego” e como cenário do último acto da peça de teatro “O Lobisomem”.

São dignas de nota, num raio de 5 quilómetros, as povoações de Moimenta e de Cavez, ambas do concelho de Cabeceiras de Basto e Agunchos, no de Ribeira de Pena."

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Já que cheguei aqui, quase casualmente, conduzido pelo sopro do Espírito Santo, gostaria de deixar um recado. O senhor Francisco Botelho é um dos maiores conhecedores e especialistas de tudo o que diz respeito ao patrimônio cultural do concelho de Ribeira de Pena, em Trás-os-Montes. Já pude usufruir deste seu conhecimento e desta sua competência no assunto, pois participei, em 2004, de uma especial caminhada pelos lugares camilianos transmontanos que ele mesmo orientou e dirigiu. Na segunda parte dessa caminhada e visita aos lugares camilianos, Francisco Botelho, elaborou um roteiro especial para mostrar os lugares do concelho de Ribeira de Pena ligados à vida de Camilo ou citados ou descritos em suas obras. A complementar tudo isto seria para desejar que a Câmara Municipal de Ribeira de Pena criasse um Projeto turístico ainda mais amplo, com divulgação a nível nacional e internacional, que tivesse como espinha dorsal este roteiro camiliano. Criado o projeto, seria natural que o coordenador deste projeto fosse o dr. Francisco Botelho, pessoa que tem dado todas as provas de ser um grande conhecedor e um excelente embaixador da cultura das várias localidades que compõem o concelho. Com a execução do projeto, muitas mais visitas nacionais e internacionais poderiam ser encaminhadas para estas bandas transmontanas, podendo ainda serem associados ao plano, outros pontos de interesse do concelho como seria a montra artesanal do município, com especial enfoque para artigos de linho, e outros artigos próprios da tradição da terra. Tudo isto, no quadro do interesse local, cultural,turístico, político, comercial, social e representativo da terra.
Porto, 17 de outubro de 2006
E-mail: joaofen@uol.com.br

17/10/06 17:15  

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