Faz anos a geminação com Cabrália
INFORMAÇÃO
Celebrou-se dia 22 o dia das Comunidades Portuguesas. Que está na origem da geminação levada a cabo com Santa Cruz Cabrália, o local da descoberta de quinhentos.
Como protagonista do facto, achei por bem trazer aqui o assunto.
Tudo começou por um gesto de delicadeza. A comunicação social, discreta, deu conhecimento de que em Porto Seguro, no Brasil, se comemorava o dia da Comunidade portuguesa e a descoberta do Brasil, num gesto de afirmação da portugalidade e num município que afirmava a data como o seu feriado municipal. A Câmara Municipal de Ribeira de Pena enviou então um telex (ainda se lembram do que eram os telex?) manifestando a sua solidariedade e a partilha de sentimentos.
O promotor da iniciativa em Porto Seguro era então o Comendador António Barros, um fafense radicado em São Paulo que pugnava pela afirmação de Portugal e pela comemoração da efeméride da descoberta de Pedro Álvares Cabral. De visita a Portugal nas férias seguintes, veio a Ribeira de Pena e lançou o primeiro convite para uma deslocação ao local da descoberta. Foi assim que no ano seguinte houve oportunidade de o Presidente da Câmara se deslocar ao Brasil e estabelecer os primeiros contactos com o município de Santa Cruz Cabrália, que detém no seu território os locais da descoberta. Os contactos conduziram a uma aproximação que, no ano seguinte, produziu uma geminação, a primeira (e única) geminação do nosso concelho.
A razão da geminação era óbvia – tratava-se do local da descoberta do Brasil, com todo o significado que isso tinha – e tem – para a população portuguesa. Depois, havia uma estratégia. Aproximando-se os 500 anos da descoberta, era a maneira de colocar Ribeira de Pena no centro de um grande acontecimento histórico.
O ano 2000 veio, as comemorações foram discretas e Ribeira de Pena esteve lá numa delegação alargada de municípios portugueses. Foi pouco, mas não por culpa da estratégia, antes por culpa da vergonha de assumir projectos ambiciosos e também por culpa dos protagonismos políticos.
Para quem não sabe, que aqui fique bem presente – Ribeira de Pena está geminada com Santa Cruz Cabrália, no sul da Baía, Brasil, há mais de 15 anos. Feitos por agora.
Que ficou desta geminação? Uma rua em Cabrália com o nome de “Cidade de Ribeira de Pena”. Uma capela na Coroa Vermelha, local da descoberta, onde durante muitos anos figurou uma imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem, oferecida por Ribeira de Pena (e mais tarde roubada, diz-se que pelos índios que tomavam conta da capela…). Um terreno na Coroa Vermelha oferecido pela Prefeitura de Cabrália a Ribeira de Pena para a criação de uma Casa de Cultura Portuguesa. Algumas relações de amizade que o tempo vai esvaindo.
Faz anos a geminação com Cabrália, mas duvido que tenha havido a simples delicadeza de um cartão de parabéns. Hoje, com a facilidade do correio electrónico e das comunicações telefónicas transcontinentais, duvido que os responsáveis políticos de ambos os municípios se tenham ao menos saudado.
Vou averiguar isso, sem grande esperança.
Celebrou-se dia 22 o dia das Comunidades Portuguesas. Que está na origem da geminação levada a cabo com Santa Cruz Cabrália, o local da descoberta de quinhentos.
Como protagonista do facto, achei por bem trazer aqui o assunto.
Tudo começou por um gesto de delicadeza. A comunicação social, discreta, deu conhecimento de que em Porto Seguro, no Brasil, se comemorava o dia da Comunidade portuguesa e a descoberta do Brasil, num gesto de afirmação da portugalidade e num município que afirmava a data como o seu feriado municipal. A Câmara Municipal de Ribeira de Pena enviou então um telex (ainda se lembram do que eram os telex?) manifestando a sua solidariedade e a partilha de sentimentos.
O promotor da iniciativa em Porto Seguro era então o Comendador António Barros, um fafense radicado em São Paulo que pugnava pela afirmação de Portugal e pela comemoração da efeméride da descoberta de Pedro Álvares Cabral. De visita a Portugal nas férias seguintes, veio a Ribeira de Pena e lançou o primeiro convite para uma deslocação ao local da descoberta. Foi assim que no ano seguinte houve oportunidade de o Presidente da Câmara se deslocar ao Brasil e estabelecer os primeiros contactos com o município de Santa Cruz Cabrália, que detém no seu território os locais da descoberta. Os contactos conduziram a uma aproximação que, no ano seguinte, produziu uma geminação, a primeira (e única) geminação do nosso concelho.
A razão da geminação era óbvia – tratava-se do local da descoberta do Brasil, com todo o significado que isso tinha – e tem – para a população portuguesa. Depois, havia uma estratégia. Aproximando-se os 500 anos da descoberta, era a maneira de colocar Ribeira de Pena no centro de um grande acontecimento histórico.
O ano 2000 veio, as comemorações foram discretas e Ribeira de Pena esteve lá numa delegação alargada de municípios portugueses. Foi pouco, mas não por culpa da estratégia, antes por culpa da vergonha de assumir projectos ambiciosos e também por culpa dos protagonismos políticos.
Para quem não sabe, que aqui fique bem presente – Ribeira de Pena está geminada com Santa Cruz Cabrália, no sul da Baía, Brasil, há mais de 15 anos. Feitos por agora.
Que ficou desta geminação? Uma rua em Cabrália com o nome de “Cidade de Ribeira de Pena”. Uma capela na Coroa Vermelha, local da descoberta, onde durante muitos anos figurou uma imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem, oferecida por Ribeira de Pena (e mais tarde roubada, diz-se que pelos índios que tomavam conta da capela…). Um terreno na Coroa Vermelha oferecido pela Prefeitura de Cabrália a Ribeira de Pena para a criação de uma Casa de Cultura Portuguesa. Algumas relações de amizade que o tempo vai esvaindo.
Faz anos a geminação com Cabrália, mas duvido que tenha havido a simples delicadeza de um cartão de parabéns. Hoje, com a facilidade do correio electrónico e das comunicações telefónicas transcontinentais, duvido que os responsáveis políticos de ambos os municípios se tenham ao menos saudado.
Vou averiguar isso, sem grande esperança.
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